domingo, 24 de junho de 2018

5 ensinamentos da história da Chapeuzinho Vermelho



5 ensinamentos da história da Chapeuzinho Vermelho



Embora pareça apenas a história de uma menina que atravessa a floresta para visitar a avó e acaba escapando da armadilha de um lobo malvado, Chapeuzinho Vermelho é uma história infantil que transmite muito mais. Há conselhos muito importantes que toda criança deve saber para sua própria segurança e a de seus amigos.
Todos nós já ouvimos falar da Chapeuzinho Vermelho. Mas você já parou para pensar quais valores essa história ensina aos nossos filhos? Vamos rever, a seguir, os cinco ensinamentos principais dessa história infantil e quais valores despertam nas crianças.

A história já é bastante conhecida: uma menina vai visitar a avó doente e precisa, para isso, atravessar uma floresta perigosa. No caminho, ela encontra o lobo mau, que lhe pergunta aonde vai e a convence a apostar uma corrida até a casa da avó. Em algumas versões, entretanto, o lobo recorre à beleza da paisagem e às flores para desviar a menina do caminho original.

O lobo, tão mal intencionado quanto esperto, ensina Chapeuzinho Vermelho um “atalho” que, na verdade, é o caminho mais longo. Ele consegue, então, chegar antes, devorar a avó de uma só vez e se disfarçar com suas roupas.

Nas primeiras versões, a história tinha um final trágico e de partir o coração. Tinha, inclusive, consequências sexuais para a jovem. Foi criada assim porque sua finalidade era ilustrar e estimular prudência nas meninas da sociedade daquela época.

De acordo com a versão dos irmãos Grimm, menos cruel e explícita que as anteriores, a menina quase teve o mesmo fim que a avó, se não fosse o lenhador que salva ambas, tirando a avó de dentro da barriga do lobo.
Quais ensinamentos traz a história da Chapeuzinho Vermelho?
1.     Não confiar em estranhos. Essa é, claramente, a ideia central da história. Apesar das supostas boas intenções que o lobo demonstrou para a Chapeuzinho Vermelho, ele escondia propósitos horríveis. Na época, essa história foi inventada para conscientizar as jovens dos perigos de se relacionar com estranhos. Com o tempo, foi adaptada para transmitir a mesma mensagem, mas com um conteúdo menos erótico e sanguinário.
2.     Não revelar dados pessoais a desconhecidos. No encontro com o lobo, Chapeuzinho Vermelho contou para onde ia, com qual objetivo e o que carregava na cesta. Esse é um grande erro, pois essas informações, que parecem inofensivas, podem ser utilizadas por malfeitores para machucar nós mesmos ou nossos entes queridos.
3.      desobedecer nossos pais. Uma das recomendações da mãe da Chapeuzinho antes de sair de casa foi que ela tivesse cuidado ao atravessar a floresta e não saísse do caminho indicado. Essa recomendação, é claro, não foi seguida pela inocente menina, que cai na armadilha criada pelo animal e pega o atalho sugerido.
4.     Não baixar a guarda. Para além da ideia do lobo para enganar Chapeuzinho Vermelho, na história há várias distrações por parte da menina. Ela nunca desconfiou do caminho que o lobo mostrou e também não percebeu o que estava acontecendo quando chegou na casa da avó, momento em que ocorrem as clássicas perguntas sobre os traços faciais proeminentes do lobo disfarçado de avó.
Um ensinamento para os pais também
A partir de outro ponto de vista, podemos acrescentar mais uma moral à história da Chapeuzinho Vermelho. Entretanto, essa moral não é destinada às crianças, mas aos pais. É a seguinte:

5.     Não descuidar das crianças por mais segura que uma situação possa parecer. Por mais que a mãe tenha dado claras advertências à menina, isso não evitou que a vida dela ficasse em perigo. É importante destacar, então, que os pais não devem nunca tomar como certa a segurança dos filhos, por mais responsáveis e independentes que eles possam parecer.
“Os pais não devem, em circunstância alguma, tomar como certa a segurança dos filhos”

A figura do lobo
O lobo, nessa fábula, representa o papel de um ser perverso, selvagem e com más intenções. Hoje em dia, seria representado por delinquentes e criminosos que se aproximam buscando uma chance para cometer um crime.
Na verdade, em versões mais antigas da história da Chapeuzinho Vermelho, a figura do lobo era substituída por seres humanos. Omitia-se, assim, a metáfora do animal para fazer uma alusão direta à perversidade de algumas pessoas.

O lenhador
Por fim, podemos descrever o lenhador como o protetor que aparece para garantir a segurança da personagem. Hoje em dia, representaríamos o lenhador com a imagem das forças de segurança ou de pessoas mais velhas que possam se envolver na história para impedir um crime.

Como mencionamos anteriormente, o personagem do lenhador foi acrescentado à história que, no início, tinha um final trágico para garantir uma representação mais real dos perigos do mundo exterior.


quinta-feira, 14 de junho de 2018

Uma versão de Chapeuzinho

Ilustração de Beatriz Martín Vidal

Uma versão de Chapeuzinho

Versão consagrada – A pedido da mãe, uma menina deve atravessar um matinho sinistro pra levar comida até a casa da vó doente. No caminho, Chapeuzinho é abordada por um lobo, que lhe indica um desvio longo enquanto pega um atalho até a casa da velhinha e a devora sem dó. Chegando lá, Chapeuzinho trava um diálogo recheado de duplos sentidos e também é comida. Eis que um caçador salva o dia, tirando avó e neta da barriga do lobo.
Outra história – Na versão compilada por Perrault em 1697, a menina e a velhinha morriam. Foram os Grimm, que, 160 anos depois, tiraram o caçador do chapéu. O final varia, mas mantém-se o sugestivo diálogo que começa com “pra que esses olhos tão grandes?” e termina com “pra te comer melhor!” Existe uma versão anterior à tradicional, que inclui canibalismo (a menina bebe o sangue e come a carne da avó), strip-tease e até sugestão de golden shower. Sim, o lobo pede que a menina urine sobre ele.
Interpretação – Uma questão recorrente é por que Chapeuzinho dá trela ao lobo? “Ela é uma criança com a ingenuidade de quem não sabe sobre o sexo. Ela pode não saber que jogo está sendo jogado, mas é inegável seu interesse em participar”, escrevem os autores de Fadas no Divã. Esse caminho interpretativo leva ao campo minado da sexualidade infantil. Segundo Freud, nossas primeiras experiências sexuais são encobertas por uma espécie de amnésia que vai até os 6 ou 8 anos. A história teria sobrevivido por usar símbolos que nos fazem pensar nessa questão. Ou seja: o conto não fala apenas sobre o perigo do desconhecido, mas sobre a perda da inocência.
Para maiores – No sexo, há adultos que agem como uma menina diante de um lobo. “Quando a vida lhes impõe um papel sexual, vão oferecer o que têm: sua ingenuidade. Ser uma assustada Chapeuzinho é até onde vai a sexualidade de quem não quer saber nada do assunto”, escreve o casal Corso.
Texto de Texto Emiliano Urbim 

Unconventional illustrations

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Guillaume Morellec










Art by Danil Shunkov



nell fallcard



Jack the Pirate
























Chiara Bautista




Shawna Erback







Martina Peluso

Лукоморья ... О чем на самом деле рассказывается в добрых детских сказках




Traditional Illustrations



james sant 1820 1916








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